PLURmagazine
Fuel Techno PT on the Rocks
11.05.13 @ Rocks Lounge Club
No passado dia 11 a PLUR foi até ao Porto, mais precisamente a Vila Nova de Gaia para a edição on the Rocks da Fuel Techno PT. Organização que tem vindo a destacar-se pelo seu trabalho, pela quantidade e qualidade de escolha de Dj’s e sendo a prova viva que ainda existe uma cultura rave pronta a crescer e com bases suficientes para evoluir na sua gestão, produção e promoção de festas de Techno e Hard Techno em Portugal.
Edição on the Rocks, não fosse esta no Mítico Rocks Lounge Club, um dos clubes nocturnos mais relevantes do Norte do país. Situado na zona histórica de Vila Nova de Gaia e com o Rio Douro como plano de fundo, é um clube que funciona desde 1982 sendo considerado um local de referência na noite do Porto. Conseguimos facilmente identificar os porquês de espaços como o Rocks perdurarem, seja pela maneira como se organizam, como se afirmam eprevalecem. A entrada foi feita de forma ordeira apesar do fluxo constante de pessoas.
A noite começa com Fields a rockar a Plastik Room e Peter Raf na Magic Lounge, segunda pista do espaço. Fields deu-nos uma boa pedra no rocks (risos) fazendo assim as honras da noite e iniciando-a com um set hard-groove. # “Groove , groove everywhere!”
Na pista secundária Magic Lounge o techno reinou com Ryders, Yann Torp, Tygra, Ulysses e Techmad.
A dupla Mário Montero e Matulu deram a esta noite um set cheio de groovy do inicio ao fim. O Rocks começava a aquecer com as duas pistas compostas e a noite ainda não ia a meio.
Du’art volta a terras portuenses e mais uma vez espalha magia. Apresenta na Fuel on the Rocks algo a que nos tem habituado desde sempre, um set de qualidade com uma selecção musical inteligente.. Prova disso? Os sorrisos que se viam na pista. Palavras par quê? Du’art..what else?
Revimos também a simpática Candy Cox que mais uma vez demonstrou possuir uma grande noção de Djing no seu sentido pleno, uma grande sensibilidade no que diz respeito à própria noção de acting e contacto com o público.
Um dos nomes revelação da noite foi o de Hard Luna, não por ser novo para todos nós pois já conhecíamos o trabalho desta menina que faz tremer pistas desde 2008 mas pela evolução apresentada na sua actuação. De seguida, Miss Carol Fairy sempre a rasgar e a abrir caminho para Hard J.
Fernanda Martins dispensa apresentações. Considerada como uma das melhores Dj’s emergentes na Techno e Hard Techno scene e já por mais que uma vez provando por terras portuguesas que o empenho, a técnica, o bom gosto e a forte selecção musical fazem dela uma das Dj’s mais complexas e completas do Hard Techno na actualidade. Um set repleto de boas referências como Dance or Die de Pet Trio.
A preparar a pista e o público para o paulista Buchecha que nos trouxe um set bastante diversificado com muita técnica à mistura. Inspirado sem dúvida. Hardcore? Não. Buchecha!
À mesma hora mas na Magic Lounge a pista continuava a tremer com o set de Hard J. Menino pródigo quando falamos de produção de Hard Techno em Portugal, autor de tracks como Horse Power, Black Out ou Hora do Pesadelo (ultimas duas tracks da sua autoria e de Mário Parandi) e que em 2012 decide começar a percorrer pistas, apresenta na Fuel Techno PT on the Rocks um set forte mas com uma concepção bastante mental na sua generalidade.
Sir Beto tem-nos habituado a actuações de valor quando falamos em três anos a subir palcos de forma constante e massiva. O set desta noite não foi excepção, uma intro colossal e um set bem elaborado.
Um set de finalização potente pelas mãos de Mário Parandi como seria de esperar. Destruição massiva sem perder a qualidade sonora que o bom Hard Techno deve ter.
Fez-se festa e ela continuou. Fez-se festa em Portugal. A PLUR quer parabenizar todo o staff do Rocks Lounge Clube e a Fuel Techno PT pela noção do que uma festa deve ter para acontecer.
Um line-up de qualidade na sua íntegra, uma boa preparação notada no desempenho de todos os Dj’s, uma boa estrutura, boa organização, bom som e o resultado é uma boa festa, com sorrisos na pista e todos pelo mesmo. Pelo Techno e pelo Hard Techno. Pela cultura de rave. Por aquilo que nos move.
